O brilho das estrelas




Um dia, estava olhando as estrelas, como se estivesse com elas conversando quando, de repente, ouvi uma pergunta:


- Você sabia que estas estrelas não mais existem?
Admirado, respondi:
- Mas e seu brilho?
- O brilho destas estrelas é apenas a energia que delas continua a vibrar, pois já morreram há milhares de anos;.mas, tamanha distância têm de nós, que seu brilho, mesmo estando mortas, continua a nos atingir.
Continuei a admirá-las, pensando. Que força é esta que impulsiona, para nós,
tamanho amor e grandeza? Que, mesmo um ser estando já extinto, continua o melhor de si a espalhar? Que energia é esta que, agigantando-se perante a própria morte, continua iluminando o céu de nossas esperanças?
Que força é esta que continua se doando, trazendo-nos luz e beleza, comprovando, com sua própria entrega, que a morte não existe?
Emocionado, me perguntei:
- Então por que não imitamos as estrelas? Quando, mesmo nos sentindo mortos por dentro, cheios de aflições e desesperanças, mudos, calados, perante desilusões e injustiças, não continuamos a refletir o melhor que temos em nós, para outrem mais infeliz que nós mesmos?
Por que nós, perante um mundo que, na maioria das vezes, consideramos 'mau', abrigando em seu seio somente seres que sofrem, nada mais... por que não continuamos, a espalhar nosso brilho, deixando o mesmo refletir ao longe, onde nosso pensamento não possa alcançar?
Por que, mesmo extintos em nós o dom de crer na própria vida, não continuamos a doar nossa energia, nossa própria essência, a qual transformada em amor e grandeza possa continuar a iluminar o céu de nossos semelhantes?
Por que não apreendemos esta lição tão simples, estando sempre a dificultar o sentimento maior: O amor!
Por quê?
Se, imitando as estrelas, nosso brilho se perpetuaria, independente do "nós" e, alongando-se, atingiria universos distantes...
... Onde, com certeza, teríamos sempre alguém falando com as estrelas.

Fernando Dantas


Recebi esta mensagem deste amigo querido. Sem palavras para manifestar a minha admiração por tamanha profundidade, aqui a deixo publicada.
by Miriam, pensando e pensando até agora...!

Comentários

Daniel Aladiah disse…
Querida Miriam
Pensei que o teu blog tivesse acabado aqui, pois obtive uma página em branco da última vez que cá vim. Ainda bem que continuas. Obrigado pelas palavras que deixaste no meu canto. Efectivamente, estou à beira de ser pai pela terceira vez. Por acaso até já podia ter netos, o que adoraria :)
Um beijo
Daniel
Cara Amiga Miriam,

O texto que publicou da autoria de Fernando Dantas, mereceria um blog inteiro para se poder comentá-lo.

Vou tentar dizer algo que me parece adequado.

O homem tem duas naturezas, sabia? Duas naturezas. Desde a manifestação do Cosmos até ao aparecimento da Terra, algo do incandescente inicial se foi solidificando, dando a seguir origem a tudo aquilo que existe.

À medida que o mundo (e a Terra, particularmente) se foi solidificando e arrefencendo aquela parte mais fluída e etérica foi ficando encerrada dentro dele. Porquê? Para que com sua força e sua inteligência fosse capaz de enfrentar as duras condições de vida que então existiam.

Porém de tando lutar por comida, posses, posição, domínio até chegar aos dias de hoje, o homem foi esquecendo essa sua centelha incicial (tipo chip de computador) que permanece dentro dele e se lhje derem condições para tal, manifestar-se-á.

Só que, desde os que teriam obrigação de reflectir sobre tal, até aos que nos tentam manter atordoados com tanta "porcaria" inútil, todos eles tentam incutir nas pessoas a ideia do "Salve-se quem puder", "primeiro eu, depois eu e ainda eu a seguir".

Ora tanta sofreguidão, tando disparate, tanta violência gerada pela competição, tanta ignorância sobre quem somos, fez o homem perder a noção de quem é.

Ora o homem é, antes de tudo, UMA ALMA QUE TENTA APRENDER DENTRO DUM CORPO e não UM CORPO COM UMA ALMA. Essa alma é eterna, tal como a natureza é eterna, tal como tudo o que existe. Encare-se do ponto de vista do Big Bang (ou uma sucessão de Bigs Bangs)ou da espiritualidade, o ser humano é eterno. Procura aprender em cada vida as experiências que lhe possibilitem ser UM SER TOTAL (ALMA E CORPO).

A ignorância deste facto leva a toda a espécie de atrocidades que se veem pelo planeta. Dentro de si o homem tem essas duas facetas (o Eu Superior - bondoso, compassivo, tolerante, predisposto à energia primordial do amor e tudoas essas coisas boas e o Eu Inferior - que compara, que cataloga em bom e mau, que se julga separado, que atropela e todas as "sacanagens" que se estão a ver. Tem o Universo inteiro. A sua mente é um instrumento poderoso em cada homem, mas não é sequer essa partícula divina que se encontra dentro de nós. A mente serve a quem ó homem ordenar, o Eu Superior ou o Eu Inferior. Embora a mente tente estar sempre a fazer crer que é o próprio homem, ela NÃO É O SER. É apenas um instrumento.

A partir do desenvolvimento da Física Quântica (a Física das Partículas, os electrões, os guões, os protões, etc, todas elas inferiores ao átomo em proporções que chegam a ser de " - 10 elevado a 37 ) a Ciência está a chegar à mesma conclusão que os místicos de todos os tempos já chegaram há alguns milhares de anos (Buda, Jesus Cristo, Pitágoras, etc. etc).
Ainda bem acrescento eu.

Aqui em Portugal foi publicado um livro dum Físico/Químico com o nome de Lothar Schafer, que se chama "Em busca da realidade divina".

Vou citar uma pequena parte, para ter uma noção da relevância que esta afirmação pode ter no futuro da humanidade:

"...
No fundamento da realidade, encontramos relações numéricas - princípios não materiais - sobre as quais se baseia a ordem no mundo. A base do mundo material é não-material.

A teoria atómica moderna é essencialmente diferente da da antiguidade, na medida em que já não permite mais qualque reinterpretação ou elaboração para adaptá-la aum ingénuo conceito materialista do universo. Os atómos já não são corpos materiais, no sentido apropriado da palavra... As experiências da física actual revelam que os átomos não existem como simples objectos materiais.

..."

Peço desculpa deste enorme comentário, mas não consigo dizer isto tudo de outra maneira.

Para terminar:

Abre teu coração a outras dimensões
Deixa que teu Ser serenamente veja
Das galáxias todas as explosões
E que numa pequena flôr se reveja

Olha para dentro de ti e sente
O Universo todo que está em ti
Quando vives o momento presente
E és tu própria AGORA e AQUI

Harmoniza todo o teu ser agora
Verás a harmonia que espalhas
As desarmonias que se vão embora
Darão tecerão outras boas malhas

Um grande abraço

José António
Kalinka disse…
Amiga Miriam
Hoje estou a necessitar de miminho e de desabafar, é verdade.
Gosto tanto de escrever no meu blog, mas as pessoas só gostam de ver posts sem sentido, com um prato de macarrão toda a gente gosta, com os scones para acompanhar o chá, todos gostam, mas quando se escreve a sério como fiz ontem e, desabafo, as pessoas não reagem bem, porque será???
Amiga, apetece-me desaparecer, a sério. Beijo triste.
antonior disse…
Olá, Miriam!
A minha vida também me tem impedido a assiduidade da blogosfera.
Mas cá estou para ler esta esplêndida reflexão sobre o Amor maior.

Beijinhos com amizade
antonior disse…
Boa tarde!
Ao contrário do que sempre fiz, este não é um comentário personalizado.
Resulta da necessidade de informar o facto de passar a moderar os comentários no meu blog e de sugerir a tua visita, para perceberes as razões porque isso sucede.
A visita pode revestir-se de carácter utilitário, porque para além, de revelar o “modus operandi” de alguns “mirones” que andam na blogosfera, também identifica algumas identidades associadas a esses comportamentos.

Deixo a minha amizade e carinho nos moldes em que costumo expressar, para o teu caso concreto ( ou seja, em português corrente, da língua profunda, beijos, para quem é de beijos, abraços para quem é de abraços! )

Até breve, e defende-te de “tretas” destas.
eva disse…
mvwsin duda tu luz brillo para mi hoy al leer este texto.
Gracias por imitar a las estrellas!
desde argentina un beso.